Elaboração de diagramas na produção científica

A elaboração de diagramas é uma prática que pode colaborar muito em diversos aspectos da produção intelectual. Diagramas podem ajudar no processo de leitura crítica, na formulação de textos com maior grau de originalidade e também como elemento de apoio à apresentação de conteúdos. 
Na leitura crítica: uma das qualidades relacionadas à leitura crítica (leitura ativa) consiste em perceber a estrutura lógico-argumentativa de um texto. É preciso identificar os vários elementos que compõem o texto a fim de perceber se ele é dotado de consistência intrínseca. Representar graficamente estes elementos de modo a evidenciar como eles estão relacionados é tarefa que pode ser aperfeiçoada por meio de diagramas. 
Na redação: diferente da leitura crítica, onde o texto é convertido em diagrama, na produção textual o caminho é inverso, ou seja, a partir de um diagrama pode-se construir um texto. Observe que esta mediação (texto – diagrama – texto) conduz a uma postura ativa, não só em relação à leitura, como também em relação à redação, evitando-se meras transcrições literais. 
Na apresentação de conteúdos: diagramas enquanto representações visuais podem contribuir muito para a compreensão de conteúdos. Mas atenção: um bom diagrama não pode ser autossuficiente em relação ao conteúdo representado. Por seu caráter eminentemente estrutural e esquemático, todo diagrama deve ser concebido como um recurso complementar, jamais substituindo integralmente o texto ou a fala. 
A construção de diagramas pode ser realizada simplesmente combinando palavras-chave e elementos gráficos que indiquem unidades e conexões. Unidades podem ser representadas por quadrados, retângulos ou círculos. Conexões podem ser representadas simplesmente por linhas ou setas. Note que a combinação destes elementos oportuniza uma infinidade de representações lógicas que não serão expressas textualmente como, por exemplo: caminho, contido, dentro, fora, intersecção, separação, aproximação, distanciamento, convergência, choque, entre tantos outros. 
Embora existam várias categorias de diagramas (fluxogramas, diagramas, mapas mentais, mapas conceituais, entre outros) e muitos manuais sobre o assunto, recomendo não se ater a preciosismos. Orientações muito complexas, a meu ver, desestimulam sua aplicação e ocultam seu maior mérito: ser uma representação simbólica básica.
Leia mais sobre a elaboração de diagramas nestes links:
Prof. Alejandro Knaesel Arrabal

2 de junho de 2013

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