SOS formatação da monografia: há esperança para os náufragos da pesquisa científica?

Você está perdido? tem dificuldades ou não sabe como formatar a sua monografia? Neste post vou apresentar algumas recomendações que considero importantes para esta questão.
Em primeiro lugar, preciso dizer que a formatação, ou melhor, a diagramação da monografia não é sinônimo de “Metodologia”. Formatar o texto é uma tarefa acessória, árdua para os não iniciados no mundo da editoração eletrônica e da normalização. A dificuldade vivenciada por muitos, somada ao vigoroso discurso técnico-normativista, infelizmente inverteu as prioridades da produção acadêmica. Ou seja, o acessório passou a ser o principal.
De fato, é impossível desconsiderar completamente os aspectos formais. Lembro-me de uma aluna que, há muitos anos, escreveu sua monografia apenas com uma caneta e um caderno universitário. Embora este esforço fosse digno de elogios, ela precisou que alguém digitasse o trabalho para entregar a versão final. Contratar serviços de digitação e diagramação não é nenhum pecado, mas definitivamente não é a melhor opção, especialmente se considerarmos que um dos objetivos básicos da graduação é a conquista da autonomia intelectual e profissional.
Note que não me refiro a contratação de ghostwriters ou mesmo a compra de trabalhos prontos. Sou ferrenho combatente destas práticas, não só por considerá-las ilícitas, mas principalmente porque representam o atestado definitivo da mediocridade intelectual.
Para que a forma da monografia atenda as exigências das instituições de ensino, é necessário certo domínio operacional do redator de texto (Word, Writer, Pages, LATex, entre outros) e conhecimento dos padrões normativos estabelecidos para trabalhos acadêmicos. É claro que investir tempo no conteúdo do trabalho é muito mais importante do que dedicar preciosas horas com filigranas de formatação. Assim, para evitar desgastes com processos repetitivos e revisões que parecem não ter fim, o ideal é investir algumas horas iniciais para aprender o uso eficiente do software de editoração e conhecer as normas técnicas. Neste blog há diversos tutoriais e orientações sobre estes assuntos.
Outra opção é utilizar modelos de documentos pré-formatados. Não é difícil encontrá-los na Internet. Você pode, por exemplo, utilizar o gabarito eletrônico que disponibilizo aqui. Quando criei esta ferramenta meu objetivo foi ajudar os alunos que não conheciam os recursos mais avançados do Word, nem tão pouco os detalhes das normas da ABNT.
Por fim,  caso sua opção seja contratar alguém para formatar o trabalho, cerifique-se da eticidade do serviço prestado. Busque informações a respeito do profissional, seja por indicação de terceiros ou via credenciais que ele possa apresentar. Não se deixe conquistar por falsas promessas e também não imagine que um serviço desta natureza resulte em milagres. Quem realmente presta serviços sérios de formatação e/ou revisão não pode reescrever o texto ou modificá-lo, acrescentando conteúdos ou alterando sua estrutura, mesmo com a autorização do contratante. Trabalhos originariamente mal elaborados, sem delimitação, sem coesão e sem indicação das fontes, não tem salvação. O verdadeiro profissional fará uma avaliação prévia do texto a fim de dizer se o trabalho atende as condições necessárias para realizar o serviço de formatação e/ou revisão.

8 de março de 2014

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