Precisamos de muitas coisas na vida: alimento, roupa, lazer e tantas outras. Algumas demandas são vitais, outras são resultado do desejo e outras são produto do facilitarismo. Na graduação, o que é regra (mas deveria ser exceção) é a procura por modelos. Modelos de artigos, de monografias, de projetos de pesquisa, modelos e mais modelos.
Não sou totalmente contra eles. Aliás, disponibilizo vários neste blog. Mas a questão que pretendo discutir é o problema da dependência absoluta. Muitas pessoas não conseguem (ou não querem) dar um passo, escrever uma linha se não estiverem munidos de um modelo. Bom, quero dizer que há um problema (e grave), mas o problema não está nos modelos, está no valor que nós atribuímos a eles.
Modelos devem ser encarados como referências gerais (passíveis de questionamento, diga-se de passagem), e não como estruturas rígidas, absolutas, neutralizadoras do pensar crítico. Precisamos ser vigilantes e desconfiar de qualquer modelo, fórmula ou máquina que seja oferecida com o objetivo de conduzir e facilitar o pensamento.
Quando acreditamos que já não é mais necessário pensar, porque já existem modelos, porque as ideias já estão postas! “Game Over” – o jogo já terminou e o vencedor não somos nós. Ao assumir uma postura intelectual passiva, não nos damos conta que estamos fadados ao descarte, como peões de um jogo que só realizam um movimento: “reproduzir modelos”.
Prof. Alejandro Knaesel Arrabal
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