Pesquisar é sofrer?

Pesquisar é sofrer? Não é difícil encontrar quem responda "sim" para esta pergunta, seja na graduação ou na pós-graduação. Há alguns anos eu afirmava aos alunos que elaborar uma monografia não era um “bicho de sete cabeças”. Depois percebi que algo estava errado nesta abordagem. Dizer que pesquisar é “fácil” é tão equívoco quanto dizer que é “difícil”. Nunca concordei com discursos que evidenciavam “as dificuldades” da pesquisa como se fossem moeda de troca: “aceite o sofrimento” que serás recompensado com os “louros da vitória”. Hoje reconheço que a questão não se resume a “monstros mitológicos”, dificuldades, sofrimentos, facilidades ou recompensas. Creio que este cenário não retrata adequadamente a pesquisa e o que ela representa para nós. Pesquisar não é “fácil” ou “difícil”. Pesquisar é ter pré-disposição para aprender e descobrir. É investir tempo e reconhecer que só com tempo e dedicação conseguimos amadurecer o pensamento.
Pensem nisso ;)

Prof. Alejandro Knaesel Arrabal

2 de abril de 2012

1 comentários:

Kátia Okumura Oliveira disse...

Por isso, acredito que temos que escolher um tema que gostamos. E que vá satisfazer nossos desejos. Daí, a pesquisa vira paixão :-)
Ótima reflexão!