Já reparou quantas vezes ouvimos ou utilizamos palavras com sufixo “ismo”?
Cartesianismo, Comunismo, Estruturalismo, Existencialismo, Imperialismo, Kantismo, Liberalismo, Marxismo, Materialismo, Mercantilismo, Modernismo, Niilismo, Positivismo, Pragmatismo, Tecnicismo..., a lista é interminável.
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O sufixo "ismo" é um recurso linguístico largamente utilizado por filósofos e cientistas. Presente no vocabulário da medicina especializada como indicador patológico, é evidente que sua aplicação semântica vai além. Também designa uma categoria, em outras palavras, é uma espécie de “rótulo”. Embora seja possível supor que o seu uso generalizado decorra da acepção médica, considerando a recorrente aplicação pejorativa em críticas ácidas, nem sempre este sentido se impõe. Em geral, “ismo” remete a práticas, teorias e crenças mais ou menos delineadas e categorizadas.
É muito raro encontrar um texto científico ou filosófico imune a ele. No cenário acadêmico é praticamente um fenômeno viral que beira a banalização. Qualquer um que pretenda rotular comportamentos e concepções teóricas pode lançar mão deste recurso. A receita é simples: pegue o nome de alguém famoso e junte com ismo, o resultado é um termo "pseudo-intelectual" para uma prática ou corrente de pensamento baseada nas características do modelo. Pegue um verbo e coloque ismo e voilà, mais um "jargão pomposo" pronto para adornar ensaios acadêmicos. Em prol do "embromismo" tudo vale.
Na ciência e na filosofia é preciso observar com cuidado esta prática, principalmente quando o sentido do termo não é suficientemente delineado. Rotular sem explicar é um ótimo recurso para quem pretende difundir generalizações equívocas, distorções e ambiguidades.
Prof. Alejandro Knaesel Arrabal
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